Após obras de restauração e requalificação,
foi entregue nesta segunda-feira (23/11) à comunidade da
vizinha cidade de Congonhas, o Centro Cultural da Romaria.
O complexo construído em 1932 , agora recebeu um investimento
de R$ 6 milhões por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério do Turismo e à Secretaria
Especial da Cultura. No total, o
projeto incluiu a construção de um Teatro Municipal totalmente renovado,
somando R$ 19 milhões investidos na
chamada Cidade dos Profetas.
À cerimônia de reinauguração, ocorreu no período da tarde e estiveram presentes
o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a presidente do Iphan, Larissa
Peixoto, a superintendente em Minas do Iphan, Débora do Nascimento França, e o
prefeito local José de Freitas Cordeiro / Zelinho (PSDB).
Turismo religioso
De acordo com o Iphan, as obras
consistiram na restauração do Centro Cultural da Romaria e na construção do
Teatro Municipal, integrados ao Parque Ecológico da Romaria. Foram feitos ainda
o calçamento de pisos e arquitetada a infraestrutura elétrica, hidráulica, de
áudio e de vídeo.
O turismo religioso sempre foi forte em Congonhas, especialmente no período de
7 a 14 de setembro, quando ocorre a centenária peregrinação ao Santuário
Basílica Senhor Bom Jesus de Matosinhos, reconhecido como Patrimônio Cultural
Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco).
Erguido em forma circular, o Centro Cultural da Romaria fica na Alameda Cidade de Matosinhos de Portugal, no Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de Congonhas, tombado pelo Iphan em 1941.
Até o início da década de 1960, o prédio era usado como pousada de romeiros e fiéis. Vendido a um grupo empresarial, chegou a ser demolido, restando apenas os pórticos de entrada do antigo prédio, estruturas essas tombadas pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).
Mas, em 1995, novamente de posse da prefeitura, o pórtico foi restaurado, com reconstrução de algumas salas, além do Museu de Mineralogia e Arte Sacra e restaurante.
Fotos: Rodrigo Gouvêa