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Aquecimento no mercado regional

quinta-feira, 26 de abril de 2018 às 18:13 - por, redacao.

Economia


VALLOUREC  assina contratos com a  PETROBRAS e impulsiona cidade de Jeceaba 


O grupo Vallourec, fabricante de tubos de aço para aplicações industriais, com unidade na região do Barreiro, em Belo Horizonte, e em Jeceaba, no Campo das Vertentes, acaba de assinar contratos de longo prazo com a Petrobras. Embora valores e detalhes do escopo do projeto não tenham sido divulgados, os acordos preveem a venda de tubos, acessórios e conexões, bem como a prestação de serviços especializados pela siderúrgica à estatal.

De acordo com o superintendente de Relações Institucionais & Comunicação da Vallourec, Hildeu Dellaretti Júnior, o início do fornecimento é imediato e terá duração de três anos. Os lotes foram conquistados a partir de uma licitação pública internacional, realizada no decorrer do ano passado, que teve a companhia como vencedora. “Os contratos visam à venda de tubos, acessórios e conexões e a prestação de serviços especializados. Todo o material fornecido será produzido nas plantas mineiras e com altíssimo índice de conteúdo local”, garantiu. Trata-se dos produtos OCTG premium, que incluem tubos de aço sem costura e acessórios associados, com graus de aço e conexões. Os produtos e serviços associados serão usados pela Petrobras em seus poços de produção e exploração de petróleo e gás offshore, localizados em reservatórios do pré-sal. A produção da Petrobras proveniente do pré-sal já representa mais de 50% do total da estatal. Com esses contratos, a Vallourec consolida sua liderança mundial no fornecimento de produtos OCTG premium para a indústria de petróleo e gás. “Já somos fornecedores da Petrobras e a cada novo contrato vamos ampliando nosso portfólio junto à empresa. Isso é fruto de um trabalho bem realizado e da integração das nossas plantas”, completou.

Ainda segundo o superintendente, nenhuma das unidades industriais mineiras da Vallourec precisará de investimentos para atender a demanda. Isso porque, somente os investimentos na implantação da unidade de Jeceaba chegaram a R$ 5 bilhões, tornando a siderúrgica apta a atender os contratos. “O desenvolvimento dos serviços vai ocorrer normalmente”, disse, sem revelar a capacidade produtiva. Os novos contratos com a estatal brasileira e as vendas internacionais são as grandes apostas da companhia para 2018. Segundo Dellaretti Júnior, hoje, 70% da produção da Vallourec são comercializados junto a outros países, enquanto 30% ficam no Brasil. Essa proporção se inverteu desde que o País começou a enfrentar a mais recente crise econômica e financeira. “Foi uma mudança estratégica, pois víamos que a demanda interna não iria se sustentar. Assim, fomos para o mercado internacional e invertemos nossas vendas”, justificou. Mercado doméstico – Em relação à recuperação do mercado doméstico, o executivo afirmou que ainda existe algum receio. Ele destacou o fôlego já observado na indústria automotiva, mas ponderou o desempenho da indústria de transformação. “A reação tem sido um pouco mais lenta do que imaginávamos, mas esperamos que o cenário melhore no ano que vem”, concluiu.

A Vallourec é líder mundial em soluções tubulares premium, fornecendo principalmente para os mercados de energia e industrial. A empresa conta com aproximadamente 19.500 empregados e usinas integradas em mais de 20 países. No Brasil, a Vallourec tem seis unidades. Em Minas Gerais, as unidades Barreiro e Jeceaba são focadas na produção de tubos de aço sem costura; a Vallourec Florestal é responsável pela produção de carvão vegetal que abastece os altos-fornos das unidades produtoras de tubos; e a Vallourec Mineração supre as necessidades de abastecimento internas de minério de ferro. No Rio de Janeiro, a Vallourec Transportes e Serviços (VTS) presta serviços especializados ao setor de Óleo e Gás. No Espírito Santo, a unidade Tubos Soldados Atlântico (TSA) produz tubos de aço com solda helicoidal de grande diâmetro (de 16” a 60”) para diversas aplicações, como gasodutos, oleodutos, condução de fluidos, estrutural e saneamento.

Foto & Texto: Diário do Comércio