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Delegado e investigador são transferidos da cidade.

sexta-feira, 23 de junho de 2023 às 21:04 - por, admin.

Morte de escrivã de Carandaí


Servidores seriam suspeitos das denúncias de Rafaela Drummond, antes da sua morte.


Um delegado e um investigador, que trabalhavam na mesma delegacia que a escrivã Rafaela Drummond, de 32 anos, que tirou a própria vida no dia 9 deste mês, foram transferidos da Delegacia de Polícia Civil de Carandaí para Conselheiro Lafaiete. As alterações foram publicadas no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (23). Conforme dados iniciais os servidores seriam os principais alvos das denúncias de Rafaela, que os acusava de assédio moral e sexual. 

“Não quis tomar providência porque ia me expor. Isso é Carandaí, cidade pequena. Com certeza ia se voltar contra quem? Contra a mulher. Eu deixei, prefiro abafar. Eu só não quero olhar na cara desse boçal nunca mais”, narra a escrivã.

Rafaela diz ainda que foi aconselhada a deixar os problemas de lado, que deveria esquecer o que desagradasse. Conta ter sofrido o assédio sexual de um colega, em 2022. “Eu nem contei pra vocês, porque, sabe, umas coisas que me desgastam. Quanto mais eu falo, mais a energia volta. Fiquei calada. Fiquei quieta na minha, achando que as coisas iriam melhorar. Eu não incomodo muita gente, mas, enfim, agora chega”, disse Rafaela.

Relembre o caso

Rafaela Drumond, de 32 anos, foi vítima de suicídio. Na sexta-feira (9), ela estava na casa dos pais, na cidade de Antônio Carlos, na região do Campo das Vertentes, quando tirou a própria vida. A escrivã trabalhava em uma delegacia em Carandaí. Nos últimos meses, Rafaela teve mudanças em sua personalidade, passando a ficar mais retraída e calada. O fato chegou a incomodar os pais que, após uma conversa com ela, foram informados de que ela estava estudando para um concurso de Delegada da instituição.