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Barbacenense brutalmente assassinada aos 20 anos

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022 às 10:31 - por, redacao.

Cerimônia de beatificação de Isabel Cristina


Cerca de 10 mil pessoas estiveram presentes na celebração, que começou às 10h deste sábado (10). O cardeal Dom Raymundo Damasceno de Assis representou o Papa Francisco, leu a carta apostólica com a mensagem do Vaticano e declarou Isabel Cristina como beata brasileira.


Neste sábado (10), foi realizado a celebração oficial de beatificação de Isabel Cristina em Barbacena. A mineira foi brutalmente assassinada aos 20 anos em 1982, na cidade próxima de Juiz de Fora, por um homem que montava um guarda-roupa na casa dela. Esta foi a segunda beatificação realizada no Brasil este ano. De acordo com a Conferência Nacional dos Bispos, o país tem 54 beatos e beatas.

Cerimônia

A cerimônia teve início às 10h, com uma missa presidida por Dom Cardeal Raymundo Damasceno Assis, no Parque de Exposições Senador Bias Fortes, onde cerca de mais de 10 mil pessoas, estiveram presentes.  O cardeal leu a carta apostólica com a mensagem do Vaticano e declarou Isabel Cristina como beata brasileira. Também foi apresentada uma imagem da jovem, pintada por uma artista mineira. Mais tarde, às 15h, fiéis participaram da missa em Ação de Graças pela beatificação no Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Piedade, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos.

Sua história

Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena. Filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos, ela se mudou para Juiz de Fora em 1982, para fazer um curso pré-vestibular para medicina.

No dia 1º de setembro do mesmo ano, um homem contratado para montar um guarda-roupa no apartamento onde ela morava com o irmão, tentou violentá-la. Isabel enfrentou à violência, mas foi golpeada por uma cadeira na cabeça, amarrada, amordaçada e teve as roupas rasgadas. Como resistiu ao estupro, ela foi morta com 15 facadas, aos 20 anos.

Conforme a Arquidiocese de Mariana, Isabel tinha uma vida normal, estudava, namorava e participava de festas, mas tinha uma vida de oração, era dedicada à Igreja Católica e sonhava em ser pediatra para ajudar crianças carentes. A forma como foi morta, mas sobretudo como viveu, motivou um grupo de pessoas a entrar com o pedido do processo para a beatificação da mineira.

Como Isabel foi batizada e fez a Primeira Comunhão na Matriz da Piedade de Barbacena, pela ligação afetiva dos pais dela com a paróquia, foi decidido que os restos mortais ficariam no Santuário da Piedade.

Foto: Thaís Fullin/TV Integração – Cerimônia de beatificação de Isabel Cristina realizada em Barbacena