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Dama das artes

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019 às 10:33 - por, redacao.

Cultura


Exposição valoriza legado de Victória Fisher Parcus, a maravilhosa “tia Vicki”


A vida e o legado de Victória Fisher Parcus estão sendo celebrados com a exposição “Vicki: a dama das artes”, aberta à visitação no Museu da Imagem e Memória (Rua Bom Jesus, 250 – Centro), de terça a domingo, das 9h às 17h. Mais do que reviver seu trabalho com o balé e a Semana Santa, a mostra valoriza o crescimento e fortalecimento da arte em Congonhas, que perdura até os dias atuais.

Na abertura da exposição, realizada na terça-feira, 10, o espaço se transformou em um grande estúdio de arte, reunindo ex-alunas de balé, artistas, amigos e admiradores de Tia Vicki, como era carinhosamente chamada.

A ex-aluna da Escola de Dança Victória Parcus, Suzerly Soares Vital, relembrou, com carinho, das histórias de Tia Vicki, mas também de duas outras figuras importantes na época: a Tia Mimi e a Tia Ana, que costuravam os figurinos. “Vieram lembranças lindas, engraçadas, chorosas e até meio esquisitas também. Para nós, a dama das artes, a nossa querida tia Vicki, deixou a maior herança: o conhecimento e a sensibilidade artística. Com seus ensinamentos, proporcionou a reinvenção da nossa realidade por meio do balé, da disciplina, do pulso firme e da leveza das sapatilhas”, completou.

A dama das artes

Os visitantes têm a oportunidade de conhecer e admirar uma das figuras mais marcantes para a história congonhense, observando um grande e rico material, construído a partir de depoimentos, registros fotográficos, do programa “Mineiros Frente a Frente”, da TV Itacolomy, e do filme Madona de Cedro.

O acervo de “Vicki: a dama das artes” conta, ainda, com figurinos e objetos pessoais cedidos por diversos colaboradores, entre eles Virgínia Gurgel, Andréa Lobo,  Paulo Henrique Lima, Barbara Santos, Adelina Bartolomeu, Cristina Freitas, Sueli Santos e Zélia Senra. As secretarias de Cultura e de Educação, por meio da Biblioteca Pública Municipal Djalma Andrade, também apoiaram a realização da mostra.

Já o acervo que pertence ao Museu da Imagem e Memória foi recatalogado. Entre as peças, estão o troféu “Le Pliê”, entregue à tia Vick pela Associação Mineira de Estabelecimento de Ensino de Dança, a Comenda Antônio Francisco Lisboa que ela recebeu e a máquina de costura de tia Mimi.

Filha de alemães e de formação europeia, o que explica seu amor pelas artes e a disciplina que sempre exigiu de seus alunos, tia Vicki se casou com Luiz Parcus, em 1936. O casal se mudou para o Pires, onde se dedicava ao cultivo de chá preto.

Nos anos 60, Victoria Parcus começou a ministrar aulas de inglês no antigo Ginásio Clóvis Salgado. Na mesma época, os padres redentoristas a convidaram para cuidar da encenação e figurado da Semana Santa, ao lado de José Patrocínio. Fundou, ainda, a Escola de Dança Victória Parcus, responsável pela formação de gerações de bailarinas.

Da redação

“Uma eterna lembrança, hoje podemos recordar nossa pequena participação durante aulas com a eterna Dama da Dança, na academia da  “tia Vick” . Uma mulher além do seu tempo, de um conhecimento que ultrapassava os conceitos.  Se existe um sinônimo do balé, pode estar escrito com estrelas e se chama Vick.   Minha eterna lembrança da atual professora de dança, Barbara Santos, que durante muitos finais de semanas era companheira de ensaios na cidade dos profetas, cidade da cultura, cidade das minhas boas participações artísticas. Tomado da emoção, no ponto final desta saudade.”

Parabéns a todos que respiram a cultura desta terra.

Por : Jornalista Carlos Pacelli

Fotos e Texto: SECOM – Assessoria de Comunicação PMC /