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Professores da rede estadual iniciam o ano com greve

quinta-feira, 06 de fevereiro de 2020 às 07:18 - por, redacao.


Rede Estadual inicia o ano letivo com Assembleia Geral, movimentação termina com a possibilidade oficial de Greve


Nesta quarta-feira (5/2), aconteceu no pátio da Assembleia Legislativa/MG, na capital Belo Horizontal, coordenada  pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), uma Assembleia Estadual para debater e aprovar o calendário de lutas de 2020, momento em que  foi oficialmente deflagrada a primeira greve na rede estadual da categoria.

Conforme um dos sindicalistas que entrou em contato com nossa redação, antes do início deste ano letivo, a informatização dos trâmites educacionais se mostrou fracassada e só trouxe o caos para estudantes, famílias e categoria. O sistema de pré-matrículas online, não respeitou o zoneamento e até alocou alunos no sistema prisional!

O Diário Escolar Digital (DED) foi utilizado pelo governo Zema como instrumento de assédio moral contra educadores e educadoras, a Remoção de Pessoal feita online, transferiu trabalhadores para municípios que não foram escolhidos, e o sistema que gera o Quadro Informativo (QI), necessário para a designação, apresentou problemas no processo de contratação para 2020.

Ao final do encontro, servidores da rede estadual de educação decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, Segundo Denise Romano, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a pauta de reivindicação é a mesma de 2019. “Piso salarial profissional nacional, a defesa do emprego e a defesa da educação pública de qualidade para todos e para todas”. Nesta quinta-feira (6/2) uma nota oficial, deve anunciar maiores detalhes sobre o dia oficial do início do movimento grevista.

Retrospectiva

Ao longo de 2019, o Sind-UTE/MG reivindicou o pagamento do 13º, bem como propostas de cumprimento da Lei Estadual 21.710/2015 e da Lei Federal 11.738/2008, que estabelecem o Piso Salarial Profissional Nacional como um direito legal. Deixando parte da categoria sem o 13º e apresentando propostas de reajuste salarial a apenas um setor do funcionalismo, o governo do Estado classificou a Educação em segundo plano.

Foto: Editoria de Arte – Sind-UTE/MG