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terça-feira, 01 de janeiro de 2019 às 15:56 - por, Juarez Alvarenga.

 A VIDA NÃO É SÓ REALIDADE


Por Juarez Alvarenga – Articulista Jornal Estadoatual


A mesma preocupação que o homem tem para com o
trabalho, deve se estender ao lazer, vez que a vida não é só a realidade,
embora, as adversidade e contrariedades cotidianas fazem parte da luta na
busca da realidade sonhada.

Nesta pluralidade existencial, entre a realidade
que nos é imposta e a felicidade que o homem busca, como símbolo de eterna
conquista, não nos é permitido vivenciar sofrimentos ou alimentar, com
masoquismo, as contrariedades que nos é impostas, como passagem natural
pelos caminhos da vida, até o fim de nossos dias.

Ao amanhecer, devemos acordar para a vida,
pesando como Ford, que com muita propriedade, já dizia: “todos os dias
acordo para vencer”. Ambições temporâneas são fundamentais, tanto para
vencer, como para viver, pois ao homem somente é permitido levar a vida, e,
não deixar que a mesma o leve, como simples vivente, sem compromissos para
com a sociedade ou para consigo mesmo.

Se a vida é um circo, a nós compete sermos
acrobatas no céu da felicidade, vivenciando o lado alegre desta pluralidade
existencial.

Vida é o fim de semana descontraído e alegre, é
a vara de anzol, a beira do ribeirão, é o livro de Guimarães Rosa,
retratando, com originalidade singular, a realidade sertaneja, é o gol ou a
magia de seu time de futebol, ou ainda, a poesia na musica de Chico Buarque,
é o sono tranqüilo, é a certeza do dever cumprido, é a reunião em família, é
a beleza no horizonte, nas tardes, encantadas pelo cantar das saracuras, que
podemos apreciar das sacadas de nossas casas.

A vida, não é só realidade, e, nesta empolgação
e alegria que podemos encontrar, nas coisas mais simples, os nossos sonhos e
descobrimos a alegria de viver e conviver com as pessoas que amamos. Devemos
vivermos com otimismo, buscando a felicidade, mesmo que tenhamos que
enfrentarmos a realidade cotidiana.

A vida é uma das partidas mais difíceis, que não
se resume  apenas em noventa minutos, como ocorre no futebol, e, para sermos
vitoriosos devemos ser eterno juiz de nossas próprias atitudes. É um jogo,
mas um jogo sem fim e sem cansaço, na busca de marcar o gol, mas o gol
certeiro no coração da vida, da vida que é real, mas que nem por isso deixa
de ser um sonho. O sonho de viver, e, depois, bom,  depois, morrer, mas isto
é outra história.