Busca

PC conclui inquérito sobre criança morta

quarta-feira, 28 de julho de 2021 às 11:40 - por, redacao.

Mãe e avó indiciadas


Caso foi registrado na cidade próxima de Barbacena.


A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, na manhã da última terça-feira (27/7), coletiva de imprensa sobre a conclusão do inquérito policial decorrente do feminicídio ocorrido no último dia 12 de julho, quando a mãe, 35 anos, tirou a vida da filha de 1 ano e 2 meses, no município de Barbacena, cidade localizada a 74,5 de Conselheiro Lafaiete.

O crime ocorreu no interior da residência da família, ocasião em que a mãe desferiu mais de 60 golpes na região da face, ombro e cervical da criança, que veio a óbito no local. Foram realizadas diversas diligências pela equipe de policiais civis responsável pelo caso, com investigações de campo, reprodução simulada dos fatos, levantamento de local, estudo do perfil da investigada, perícias técnicas, oitivas das testemunhas, do pai da criança, dos vizinhos e da própria suspeita, dentre outras.

A investigada, em declarações, alegou que não aguentar mais sofrer violência doméstica por parte do marido e que não se recordava do momento em que tirou a vida da filha, afirmando ter tido um surto. A delegada responsável pelo caso, Amanda Sfredo Martins Prezotti, concluiu o procedimento dentro do prazo legal de 10 dias, face a prisão em flagrante delito, e indiciou a mãe pela prática do crime de feminicídio, praticado por meio cruel, com impossibilidade de defesa por parte da vítima, por se tratar de criança com apenas 1 ano de idade, que fora surpreendida e morta de forma brutal pela própria genitora.

Durante a reprodução simulada dos fatos, a avó materna explicou que ao chegar no local encontrou sua neta no chão, ao lado do fogão, pegando a criança e colocando em cima da cama, momento em que saiu da casa e se deslocou por vários metros, até a residência de uma pessoa de sua confiança, embora pudesse ter pedido socorro a vizinhos próximos ou Unidades de Socorro. A avó materna foi indiciada pela prática do delito de omissão de socorro.

Foto: Coletiva da PC a respeito do caso. A investigada permanece presa, à disposição da Justiça.