Deterioração do patrimônio histórico

A pedido do Ministério Público, em ação conjunta entre a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, foi realizada no início deste mês de agosto, uma visita de inspeção, na Capela de Santo Antônio (foto).

Considerando que a edificação foi construída no ano de 1737 (séc. XVIII), período colonial, o que justifica algumas paredes terem sido erguidas fora de prumo, e que segundo o Sr. José Marcos Gonçalves (Provedor da Capela) a torre que sustenta o sino foi inserida na estrutura certo tempo após a Capela estar pronta, sendo que a mesma passou por reformas em 2008, que a edificação conta com meios de proteção secundários como: Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), desvio de Trânsito de veículos pesados por meio de sinalização de trânsito, e sendo a vistoria apenas sob aspecto visual.

Durate a visita, verificou-se que a edificação apresenta alguns pontos que precisam ser reparados sob reforma, a fim de se evitar a deterioração do patrimônio, além de controle de pragas, a ser realizado por empresa especializada para promover a descupinização das madeiras do altar, evitando até mesmo que os cupins se proliferem para as demais estruturas de madeira como engradamento do telhado. Portanto, em sua totalidade, a edificação não apresentou situações de risco iminente de desabamento, entretanto, orientamos a análise técnica a ser feita por arquiteto habilitado e especialista em patrimônio histórico (Segundo a resolução n.º 51 do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) esta atividade é privativa de arquitetos), a fim de avaliar e relatar a situação da edificação e prover melhorias.

Em relação a abalos sísmicos citados pelo Sr. José Marcos Gonçalves como oriundos de atividades de mineração, a Defesa Civil reuniu-se com representante da  Mineradora Vale unidade Morro da Mina, sendo que nos foi apresentado um estudo de monitoramento sismográfico realizado nos meses de maio e junho do corrente, o qual foi realizado por empresa especializada com responsável técnico habilitado, mostrando, portanto, estarem dentro dos limites previstos em norma, as vibrações provenientes de detonações, nas cicunvizinhanças da mineradora. Toda a documentação proveniente da vistoria, bem como o estudo fornecido pela mineradora, foram encaminhados para o promotoria de justiça de Conselheiro Lafaiete, que foi quem nos solicitou a visita.